Aqueduto das Sete Fontes

Como testemunham algumas escavações arqueológicas, as Sete Fontes remontam à época da ocupação romana da península Ibérica, nomeadamente da fundação de "Bracara Augusta", 

O sistema de transporte de água que esse conhece na atualidade, foi construído por ordem do então Arcebispo de Braga, D. José de Bragança, no século XVIII, aquando da assunção do seu cargo.

Enquanto uma das suas primeiras medidas, D. José de Bragança foi "pedir esclarecimentos à Câmara sobre o estado dos muros da cidade e sobre o estado do fornecimento da água". À época já haviam sido descobertos vários mananciais de água potável no atual lugar das Sete Fontes e em Montariol.

A exemplo do seu irmão João V de Portugal, que mandara construir em Lisboa o Aqueduto das Águas Livres, D. José de Bragança determinou que, em Braga, a partir daqueles lugares, se iniciassem as obras de Engenharia Hidráulica necessárias para trazer a água até à cidade.

De arquitectura infraestrutural barroca o aqueduto de água potável composto por um conjunto de condutas, galerias subterrâneas mães de água, fontes e depósitos de planta circular, manifesta um sistema que conserva ainda hoje quer o papel memorial original, quer as funções para os quais foi construído, por isso trata-se de um testemunho de grande significado cultural, representativo da evolução da engenharia hidráulica e do impulso urbanístico na cidade de Braga. 

Actualmente, este sistema é uma alternativa em períodos de carestia ou de avaria dos sistemas principais, constituindo a única fonte de abastecimento de água potável em alguns aglomerados das imediações.

A obra abasteceu Braga até 1913, quando a água do rio Cávado chegou até aos reservatórios de Guadalupe.

Este sistema de abastecimento de água é composto por 14 galerias subterrâneas (minas) e 6 depósitos de junção. Ao todo é um conjunto construído em pedra trabalhada que se estende por cerca de 3.500 metros. As minas subterrâneas têm no seu fundo caleiros rasgados na pedra que conduzem a água através de galerias (algumas chegam a ter mais de 1km de comprimento), até aos depósitos de encontro. 

Por seu turno, a água que aí corre vai confluindo em depósitos espalhados na vertente (seis ao todo numa distância aproximada de 500 metros). O primeiro depósito a montante, que recebe água de duas minas, fica no ponto mais alto (264 metros), e ostenta a maior pedra d'armas, em pedra lavrada, do seu doador. Existem mais três depósitos, que embora sejam mais pequenos, apresentam o mesmo modelo, de planta circular e cobertura em domo com pináculo no topo; os restantes são apenas bocas de minas com portas trabalhadas. 

Destes depósitos sai a conduta que traz água para a cidade, construída de pedras justapostas formando uma fileira de cerca de 3 km. São pedras rectangulares com um comprimento à volta de um metro e meio metro de lado e vazadas no interior formando um tubo com trinta centímetros de diâmetro.

Em 1934 o caudal do antigo sistema foi estimado em 500 000 litros por dia. Ainda hoje existem casas onde a água das Sete Fontes chega, numa forma de antigo Direito chamada "penas de água" (medida do diâmetro da torneira).

A maioria das fontes, fontanários e chafarizes da cidade ainda são abastecidas por este sistema.

Em 2014 foram feitas obras de restauro no complexo. Consistiu na limpeza e reposição dos rebocos conforme o aspecto original, preservando a integridade do Complexo das Sete Fontes e a integração harmónica entre a parte construída e o natural paisagístico que a envolve. Efectuou-se ainda a reposição de um brasão em pedra sobre uma das mães de água e substituíram-se diversas portas exteriores.

A Câmara Municipal de Braga pretende transformar a zona das Sete Fontes num parque urbano: O Parque Eco Monumental das Sete Fontes que se pretende seja o maior parque urbano do país

Estão previstos cerca de 30 hectares de parque verde público, 30 hectares de área florestal privada e 30 hectares de área urbana, com a criação de praças, edificações e vias de circulação, nas bordaduras e nas duas entradas do Parque, uma em São Vítor e outra, a criar, de ligação a Gualtar.

As Sete Fontes, ou Aqueduto de Braga e Aqueduto das Sete Fontes, como também são designadas, localizam-se nas freguesias de São Victor e Gualtar, cidade e município de Braga.

Como testemunham algumas escavações arqueológicas, as Sete Fontes remontam à época da ocupação romana da península Ibérica, nomeadamente da fundação de "Bracara Augusta", 



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