MERCADO DO BOLHÃO

A origem do Mercado do Bolhão, um dos edifícios mais emblemáticos da cidade do Porto, remonta a 1839, quando a Câmara decidiu construir uma praça em terrenos adquiridos ao cabido. Neste local existia um extenso lameiro, atravessado por um regato que ali formava uma grande bolha de água, de que resultou o nome do mercado: 'Bolhão'.


Alguns anos depois, esta praça foi melhorada com a construção de rampas de acesso e barracas de madeira no corredor central do mercado.


Mais tarde, no início do século XX, os dirigentes da cidade decidiram construir, fora do burgo, um novo mercado, de forma a assegurar o abastecimento de alimentos que permitisse a expansão da cidade. Foi então que em 1914, foi construído o actual edifício, num projecto desenhado pelo arquitecto Correia da Silva. Tratou-se de uma obra de vanguarda para a época, devido à utilização do betão armado em conjugação com estruturas metálicas, coberturas em madeira e cantaria de pedra granítica.


Ao longo da sua história, o mercado foi sofrendo algumas alterações; na década de 40 realizou-se a construção do piso que divide o edifício, fazendo a ligação das entradas entre as ruas Alexandre Braga e Sá da Bandeira. Mas, sobretudo num período mais recente, houve necessidade de uma reabilitação profunda que começou a ser equacionada em meados de 1984, quando os serviços municipais detectaram patologias construtivas graves nos pavimentos do mercado.


Em 2008 foi intenção da Câmara do Porto concessionar por 50 anos, o Mercado do Bolhão aos holandeses da TramCroNe (TCN) tendo-se instalado uma grande polémica entre comerciantes e associações cívicas que tentaram interpor uma providência cautelar para impedir o início das obras. Mas esta proposta aprovada pelo executivo de Rui Rio, então presidente da Câmara, dividiu os comerciantes. Uns apoiavam a transformação radical do interior do imóvel, defendendo uma espécie de centro comercial onde coabitaria o mercado tradicional, outros recusaram a remodelação, numa perspectiva mais tradicionalista.


Após muitos concursos, debates intensos e propostas alternativas, foi em 2015 que a Câmara Municipal do Porto decide avançar para um projecto próprio, por si financiado.


Actualmente o edifício do Mercado do Bolhão encontra-se renovado. Foi reconstruido durante mais de 4 anos, e a 15 de setembro de 2022 foi reaberto a público com 81 bancas, 38 lojas viradas para a rua e dez restaurantes.


O mercado tem uma série de novidades como uma ponte que faz a ligação entre as ruas de Sá da Bandeira e de Alexandre Braga, uma saída direta para a estação de metro e 12 elevadores.


Os dez restaurantes, no lado virado para a Rua Formosa, assumiram o compromisso de fazer as compras no Bolhão. As descargas são feitas na cave, acabando-se assim com os constrangimentos de trânsito e evitando-se que as carrinhas tapem o edifício.


A fachada ocupa mais de oito mil metros quadrados e a cobertura tem mais de cinco mil. Foi necessário escavar 30 mil metros cúbicos para construir a cave logística.


Foram recuperados, dentro do possível, os azulejos originais e até algumas ideias que, com o tempo, foram surgindo nas cabeças das vendedoras, como os cortinados que adornam o espaço.

O Mercado do Bolhão situa-se na freguesia de Santo Ildefonso, Concelho do Porto, e encontra-se integrado naquilo que se designa pela Baixa do Porto.



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